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Fundada por uma mulher, edtech Escola do Mecânico recebe R$ 1 milhão de investimento

Empresa dobrou de tamanho nos últimos dois anos com rede própria e expansão de franquia, e a meta é quadriplicar o número de unidades. Oferece capacitação em mecânica automotiva, linha pesada (caminhões), motocicletas, além de cursos de gestão para oficin

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Em meio a parafusos, torquímetros, macacos, manômetro, alinhador de direção, elevadores automotivos, uma mulher forte e de personalidade. Aos 41 anos, Sandra Nalli é fundadora e CEO da edtech Escola do Mecânico, uma empresa que gera impacto social todos os dias, e que recebeu R$ 1 milhão  de investimento da Yunus Investimentos Brasil, organização fundada pelo banqueiro e economista Muhammad Yunus.

 

O valor será empregado em marketing, canais de aquisição, pessoas, novos cursos e tecnologia, com o objetivo de aumentar a capacidade de impacto. A edtech foi um dos poucos negócios fundado por uma mulher a ser selecionado para receber o investimento.

 

“A empresa existe para democratizar o acesso à educação técnica e profissionalizante na área de mecânica e assim gerar mais emprego e renda, por meio do app emprega mecânico e ao estímulo para o empreendedorismo. Sem esse tripé sólido não faria sentido colocar essa ideia em prática. A meta é tornar a Escola do Mecânico referência em impacto social para o setor, e é o que me faz persistir neste propósito”, diz Sandra.

 

A Escola do Mecânico ganhou vida em 2011. Com sede em Campinas, interior de SP, conta com 37 unidade, sendo 10 escolas próprias e 27 franquias espalhadas em nove Estados brasileiros dentre eles (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais e Paraná) – fruto de um projeto de expansão do modelo que surgiu em 2015.

 

Os planos de crescimento da edtech são ambiciosos. Até o final de 2021, a previsão é engordar a receita em 55% ante os 20% registrados em 2020. Além da escola, o negócio abrange soluções para o mercado de funilaria, pintura e estética automotiva, além de um app que emprega mecânicos. Entre os planos de crescimento e desafios frente à escola, está o desenvolvimento de novos cursos para setor de reparação automotiva, expansão regional do modelo de negócios para outras regiões brasileiras a exemplo do Nordeste e escalar com velocidade.

 

 

“Quero replicar o modelo para países desassistidos e carentes desse tipo de serviço na América Latina, ou seja, de mão de obra qualificada”, afirma a empreendedora que começou a trabalhar nesta área aos 14 anos como menor aprendiz em uma rede de centro automotivos.

 

Entre as principais dores deste mercado estão a escassez de mão de obra especializada e geração de emprego e renda (Emprega Mecânico) e falta de conhecimento do mecânico na gestão para oficinas. “É justamente nessas três vertentes que atuamos e resolvemos este problema, que não é só local, mas global”.

 

Hoje com 460 instrutores de treinamento e 296 colaboradores, em 10 anos no mercado, a Escola do Mecânico já formou mais de 30 mil alunos nas linhas leve, pesada e motocicletas e, nos últimos 2 anos, mais de 500 alunos foram empregados via o app “Emprega Mecânico”. Só em 2021, o número de vagas de emprego no app cresceu 56%. “Hoje são mais de 230 vagas mensais cadastradas em nossa plataforma e já empregamos mais de 4 mil alunos”, pontua a empreendedora.

 

 

Mecânica, um mercado em crescente

Durante a pandemia, o mercado foi altamente afetado e, segundo a ABF - Associação Brasileira de Franchising, as redes de franquias tiveram 40% de suas lojas fechadas definitivamente durante este período. “Fizemos um trabalho excessivo para mantermos 100% das escolas abertas, foi um período muito difícil. Passado esse momento mais crítico, agora estamos vendo uma crescente e alta na demanda por este serviço, visto que temos mais carros de aplicativos circulando, sem contar os carros de passeio que estavam parados nas garagens e, agora, precisam de manutenção”, explica Sandra.

 

Com base na estimativa de gastos com veículos em 158 municípios brasileiros, foi possível fazer o mapeamento do potencial de alcance e expansão do negócio, a Escola do Mecânico planeja quadriplicar o número de unidades nos próximos dois anos.

 

De acordo com o Sindirepa - Sindicato das Empresas de Reparação de Veículos, os gastos com manutenção/reparação de veículos somam R$ 128 bilhões por ano. São mais de 120 mil oficinas em todo Brasil e 760 mil empregos gerados. O ticket médio é em torno R$ 2,5. Já a frota brasileira de carros cresceu 77% em 10 anos. Dos emplacamentos totais, carros elétricos e híbridos devem saltar 2% para 22% até 2030.

 

A demanda por técnicos em mecânica veicular cresce e a previsão de alta até 2023 é de 19.90%. Cerca de 90% das vagas são para o setor de reparação automotiva, como oficinas mecânica, centro automotivos, concessionárias de carros e caminhões, seguradoras, funilarias, lojas de instalação de acessórios automotivos e lojas de vendas de peças.

 

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